Murmúrios
inquietos rios
se movem em mim
ouço a melancólica
e vazia música
de uma solidão,
que se aproxima
a me oferecer saudades...
ausências se desfolham
em minha esperança
lembro dos que se foram
e aquele caminhar calmo
em ruas desertas de vazios
as cores se mesclando
ao pálido momento
e os rios se juntam
ondulando pensamentos
e não cabe em mim
esta canção
e os rios transbordam
e minha face se lava
eclosão de murmúrios
de inquietos rios
Fujo de classificação literária por não encontrar nelas o que procuro. Gosto do sabor dos ventos e das folhas que voam sem destino. Misturados...vem a ser experimental, clássico,moderno, ultrapassado, sem graça, renovador, inovador e poético ou afins. Sei lá...decidam vocês. Eu vou escrever apenas
quinta-feira, 28 de julho de 2016
segunda-feira, 25 de abril de 2016
Matar a saudade
Viajei alguns quilômetros
com o intuito de matar a saudade
Levei muitos abraços.
Preparei porções de beijos.
Revesti meu olhar de minucias.
Queria gravar em mim seus detalhes
As mãos hidratei com amor.
O coração refiz de carinho.
As palavras foram domadas,
deixei o silencio comandar.
Meus lábios preenchi de sorriso.
No encontro, presentes distribuídos.
E, houve tanto carinho e chamego.
O tempo preenchido de ternura.
Abasteci o espirito de você.
Na hora da despedida,
deixei lágrimas verterem.
Voltei ao meu lar sentindo leveza,
enquanto a estrada passava.
Foi na chegada ao abrir a porta
que compreendi,
ao invés de matar a saudade
a fiz reviver. Compreendi então:
que saudade não morre.
Saudade se alimenta de amor
e está sempre acesa
feito uma chama eterna.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
Lembranças...
criança pequena
ia brincar onde
jorrava água pura
vinda da serra, cristalina
cresci enquanto
os adultos
faziam eventos
invadiam a natureza
e a despiam dos verdes
expondo-a ao sol
a cidade se apossou
da serra
desabrigou a mata
a fonte se perdeu
sem árvores
definhou, secou
agora não mais
as aves se alegram
a borboleta se foi
de fato encontrei
umas branquinhas,
perderam as cores
penso que o sol
as despintou
jazem agora sem abrigo
e, foram embora
as canções da natureza,
as buzinas martirizam
os ouvidos surdos
das árvores, às margens
do asfalto quente.
a água antes
pura e cristalina
descem tingidas,
da evolução humana,
são fétidas e tristes
aprendi pular poças
não há lua
se narcisando
na lama
e, sinto um aperto
e bastante lembro
da fonte...
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
Tenho aqui uma pretensão, não sei se vou conseguir, mas vamos lá!
Penso muito na saudade e nela percebo sofrimento, angústia, sensação de vazio. E, por estes dias, notei que o que mais dói é compreender que há saudades enraizadas na certeza da ausência completa. Sentimento que nos retalha e faz as lágrimas escorrerem pelas faces, sem controle.
Há saudades doces feito uma brisa nos acariciando a face, ela vem e traz um sorriso singelo nos lábios e aquela sensação de um momento agradável que vivemos. Então é isso, vamos falar da saudade e da ausência e às vezes das duas misturadas.
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