terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Minh...ocas


Não me sinto poesia
Estou moinho de vento
Vejo as lateralidades sem leitura
Códigos estranhos desconexo
Aprendi olhar horizontes onde o sol
Vive.
A carreira dos sentidos me cegaram
Devo comprar em que lugar
O novo houais da língua portuguesa
Devo queimar velhas páginas de definição
E zerar o relógio mental? Ou devo
Resetar e iniciar os downloads deste
Imperioso universo que me desfaz
Algumas paredes se moveram, perdi
O foco quando lia Emília a boneca de pano
Enquanto o mundo lia a realidade
Se transfigurando e se reformulando
Foi neste congelar que a terra capotou
E virou a cabeça do mundo
Enxergam os olhos primeiro a terra
Com suas minhocas e poeiras cobrindo
As cabeças de adubo. E onde o céu ficou
Por baixo dos pés? E as estrelas?
Antes musa de poetas, agora o que são?
A poesia fugiu de mim...

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