quarta-feira, 27 de dezembro de 2017




Prefaciando


A felicidade consiste na simplicidade do viver.
 Independe de alegrias, independe de materialismos.
 Ela reside dentro de cada um.
 Alguns a sentem como um confortante cobertor nos dias frios.
 Outros a sentem na rotina do lar. 
Na sequência dos dias, mesmo dos dias em que a tristeza abate a alma. 
A felicidade fica resguardada. É um tesouro particular. 
Ela brilha nos olhos, jorra nas palavras, está presente nas ações.
Ela veste o ser humano de paz e amor. 

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Falsas aroeiras



Ramos se engrenham
Na terra que habitam
Lá rastejam e se dão
Entrelaçados as mãos
Se arriscam a subir
Em aroeiras e abraçá-las
Erva sorrateira, raposa
Vai acareciando o grande caule
Se enroscando bem mansinho
Até deixar na sombra a àrvore
E lá no meio do campo
Aquela forte arvore se vê de roupa nova
Há um aperto nas costuras
E da terra as alturas
Os ramos se maqueiam
E até parecem aroeiras
A mim não enganam!

Minh...ocas


Não me sinto poesia
Estou moinho de vento
Vejo as lateralidades sem leitura
Códigos estranhos desconexo
Aprendi olhar horizontes onde o sol
Vive.
A carreira dos sentidos me cegaram
Devo comprar em que lugar
O novo houais da língua portuguesa
Devo queimar velhas páginas de definição
E zerar o relógio mental? Ou devo
Resetar e iniciar os downloads deste
Imperioso universo que me desfaz
Algumas paredes se moveram, perdi
O foco quando lia Emília a boneca de pano
Enquanto o mundo lia a realidade
Se transfigurando e se reformulando
Foi neste congelar que a terra capotou
E virou a cabeça do mundo
Enxergam os olhos primeiro a terra
Com suas minhocas e poeiras cobrindo
As cabeças de adubo. E onde o céu ficou
Por baixo dos pés? E as estrelas?
Antes musa de poetas, agora o que são?
A poesia fugiu de mim...